Stoke City termina mais uma vez na nona posição
Pela terceira temporada consecutiva, o Stoke City terminou a Premier League na nona posição
Mais uma Premier League chegou ao fim, e novamente o Stoke foi o nono melhor time inglês na temporada. Já é a terceira vez seguida que isso acontece, e temos muitas semelhanças dos últimos três campeonatos, que respondem o porquê do clube sempre terminar na mesma colocação.
No último domingo (15), o Stoke venceu o West Ham por 2 a 1, em casa, com uma virada sensacional. Como o Chelsea empatou com o campeão Leicester, os Potters ultrapassaram os Blues e ficaram com a nona posição. O time de Stoke-on-Trent terminou o campeonato com 51 pontos, três a menos do que em seu recorde de pontos (54), na temporada 14-15.
Agora, vamos comparar as três campanhas, e tentar entender suas semelhanças e os motivos desse fato curioso.
Treinador
Ironicamente (ou não), nas três temporadas que o Stoke foi o nono colocado da Premier League, também foram os três anos em que o treinador inglês, e ex-jogador, Mark Hughes, treinou o clube inglês. O ex-atacante chegou em 2013, para comandar a equipe a partir da temporada 13-14, substituindo o implacável Tony Pulis. Ele tinha a missão de retomar a missão dos Potters rumo às competições europeias, depois de uma queda de rendimento com o treinador anterior.
A missão de Hughes não era nem um pouco fácil, ele chegou muito criticado na época, pelos torcedores, pela má campanha comandando o Queens Park Rangers. O Sparky chegou falando em mudar o estilo de jogo do time, o que não seria nada fácil, levando em conta que o Stoke tinha um estilo de jogo ‘feio’, baseado em bolas na área, força física e contra-ataques.
Hughes chegou tentando colocar ordem na casa, liberando medalhões do clube, como: Rory Delap, Mamady Sidibe, Matthew Upson, Dean Whitehead, Carlo Nash e Matthew Lund. O clube fez poucas contratações em seu primeiro ano, a principal: Marko Arnautovic. Que acabaria sendo muito importante no futuro.
Todavia, o Stoke de Mark Hughes acabou realmente jogando um futebol mais bonito e vistoso, talvez até mais competitivo. Porém, deve-se destacar a inconsistência de seus times. O treinador inglês apesar de ser razoavelmente bem em táticas, não é lá muito bom em motivar seus jogadores. Ele, com certeza, foi um dos, se não o mais, importante pelas boas companhas dos Potters nos últimos anos.
Contratações
Nas últimas janelas de transferências, o Stoke acabou ficando marcado por fazer poucas, e certeiras contrações. Geralmente, acaba comprando poucos, levando em conta a qualidade, e liberando muitos. O clube também costuma apostar empréstimos, seja saindo ou entrando.
Na temporada 13/14, as principais contratações foram: Muniesa, Arnautovic, Odemwingie, Pieters e Ireland. Pegou jogadores por empréstimo: Assaidi e Guidetti. Esses jogadores foram de estrema importância para o clube dar uma bela arrancada no fim do campeonato.
A temporada 14/15 não foi diferente, liberando vários jogador e fazendo contratações escolhidas a dedo. O clube trouxe: Bardsley, Sidwell, Bojan, Diouf. Conseguiu empréstimo de jogos importantes, como: Moses, Wollscheid e renovou o empréstimo do Assaidi.
Em 15/16 o ritmo continuou o mesmo, mantendo a base, o clube contratou jogadores de nome e currículo: Wollscheid, Haugaard, Joselu, Given, Glen Johnson, Afellay, Shaqiri e Imbula. Também trouxe Van Ginkel, que não ficou por muito tempo.
Contudo, o clube foi crescendo ao passar dos anos, contratando bem. Porém, nas três temporadas faltou algo que vamos falar no próximo tópico.
Falta de um artilheiro
O grande responsável do Stoke não conseguir passar da nona posição, é a falta de um matador. Diouf, Joselu, Bojan, Walters, Crouch, nenhum deles conseguiu engrenar no time, fazendo gols. Tanto que na última temporada, o Arnautovic foi o artilheiro do time, com 12 gols.
O clube já está ativa no mercado atrás para conseguir um matador. Em vários momentos na temporada, o time criava boas oportunidades de marcar, porém não tinha um camisa 9 nato, para colocar a bola na rede. Isso prejudicou muito o clube, que acabou perdendo pontos importantes.
Os artilheiros da últimas temporadas, foram, respectivamente: Crouch (9), Diouf (11), Arnautovic (11).
Defesa muito vazada
Com Tony Pulis, o Stoke era conhecido pela defesa forte e pouco vazada. Com o estilo de jogo mais ofensivo de Hughes, as coisas mudaram. Nas temporadas 13/15 e 15/16, a equipe terminou a liga com saldo negativo. Até mesmo quando terminou com salvo positivo, em 14/15, acabou tomando 45 gols em 38 jogos.
As diversas lesões em jogadores defensivos, especialmente no capitão Shawcross, ajudou nesses números. O time não conseguiu achar uma dupla de zaga ideal. Variando muito entre Huth, Cameron, Shawcross, Wollscheid, entre mais outros.
Começo fraco
Se tem algo que foi presente nas três temporadas, é o começo ruim do clube no campeonato. O Stoke sempre começa mal na liga, e acaba engrenando apenas no final, quando já é tarde demais. O clube demora a pegar entrosamento com os novos contratados, quando alcança, acaba renascendo e conseguindo grandes sequências invictas. Nas três temporadas os Potters perderam o primeiro jogo e venceram o último.
Outro fator importante é a instabilidade do time. É uma equipe que consegue passar vários jogos sem perder, e também vários jogos sem vencer. O psicológico não é o forte do time de Mark Hughes.
Resultado final
Somando todos esses fatores citados a cima, sejam positivos ou negativos, o Stoke chega sempre ao mesmo número na tabela. A nona colocação já amante do clube. Na próxima temporada o time deseja finalmente terminar em outra colocação e finalmente conquistar a tão sonhada vaga à competições europeias.