Panorama das apostas esportivas no Brasil

 Panorama das apostas esportivas no Brasil

Foto: Pixabay

Panorama das apostas esportivas no Brasil: modalidade cresce e desponta como um negócio rentável

As apostas esportivas não são novidades, especialmente para quem gosta de esportes. Acredita-se que elas existem desde a Roma Antiga, quando se podia apostar em corridas de carroça, por exemplo. Hoje, não precisamos ir mais até a Itália, pois podemos apostar de casa ou onde estivermos — até mesmo no Campeonato Italiano, se quisermos.

Fato é que este é um mercado muito grande atualmente. Dados compilados em um estudo sobre apostas esportivas no Brasil feito pelo Mr.Jack mostram que, de acordo com o BNL Data, o setor deve faturar R$ 12 bilhões em 2023 apenas no Brasil, um aumento de 71% na comparação com os R$ 7 bilhões faturados em 2020.

Essa movimentação mostra que o interesse pelas apostas esportivas tem crescido, o que é verdade. O mesmo estudo traz dados retirados do Google Trends, ferramenta que indica o crescimento de busca de determinados termos no Google, e o interesse por “apostas esportivas” e “bet apostas” tem crescido muito.

Se mais pessoas estão em busca do assunto, provavelmente também há mais pessoas dispostas em alocar uma parte de seu dinheiro para fazer sua fezinha, seja como uma forma de diversão e entretenimento ou mesmo em uma pegada mais “profissional”, para conseguir algum dinheiro com isso.

Isso, ao mesmo tempo, se mostra como uma oportunidade e tanto para marcas que querem surfar neste movimento. Associar-se com empresas sérias de apostas esportivas pode potencializar seu reconhecimento de marca e atrair uma nova parcela de clientes para o seu negócio.

Nos acompanhe na leitura para conhecer alguns dados importantes sobre o perfil dos apostadores esportivos no Brasil e de que forma isso pode se transformar em algo rentável, tanto para as pessoas quanto para as empresas.

Quem é o apostador esportivo brasileiro?

A maior faixa etária entre os apostadores é de 30 a 39 anos (36%), seguidos pelos que tem de 21 a 29 anos (30%) e os de 50 a 59 anos (19%). O grau de escolaridade da maior parte dos apostadores é o Ensino Médio (46,2%), seguido pelos com Ensino Fundamental completo (13%).

A maioria é do gênero masculino (82,6%), assim como a maior parte também é composta pelos solteiros (62%). A renda da maior parcela dos apostadores fica entre R$ 2.000 e R$ 3.000 (50%), mas 9,5% dos respondentes têm uma renda de R$ 4.000 a mais de R$ 10.000.

Como não poderia ser diferente aqui no Brasil, o esporte preferido é o futebol (85,7%). Quanto aos mercados (ou seja, em qual evento eles palpitam nas apostas), o ranking ficou distribuído da seguinte forma, lembrando que era possível escolher mais de uma alternativa e, por isso, a soma supera os 100%:

 

  • Resultado final dos jogos (56%);
  • Total de gols (46,5%);
  • Escanteios (29,9%);
  • Handicap (20,6%);
  • Cartões (18,2%);
  • Empate anula aposta (13,5%);
  • Outros mercados de apostas (12,2%).

O principal motivo para fazer apostas esportivas é a renda extra (56,1%), seguida de lucro (41,4%), entretenimento (35%) e diversão (34,2%).

O Campeonato Brasileiro é o preferido para as apostas (78,9%), seguido da Copa do Brasil (70,4%) e pela Libertadores da América (57,4%). O primeiro torneio europeu que aparece é a UEFA Champions League (55,2%).

Como (e para quem) as apostas esportivas se mostram como um negócio rentável?

O grande interesse dos brasileiros pelas apostas esportivas, dada a movimentação financeira, como visto no início do conteúdo, já é um grande fator para que se olhe para o potencial de rentabilidade deste mercado. Porém, outros fatores também tangibilizam essa rentabilidade.

Começando pelos apostadores, temos as seguintes alternativas:

  • Como potencial de renda extra: conforme mostrado pela pesquisa, este é o principal motivo que leva os apostadores a fazerem seus palpites, e realmente é possível garantir uma grana extra no orçamento, especialmente ao acompanhar estatísticas, expectativas para a rodada e bons influenciadores sobre o assunto.
  • Como meio de lucrar com baixo investimento: como você escolhe o valor da sua aposta, é possível começar com valores bem baixos. Assim, pode entender como funciona e levar confiança até estar mais preparado e, com o passar do tempo, aumentar as apostas.
  • Como oportunidade de ser afiliado: outra maneira de ganhar dinheiro com apostas esportivas é ser afiliado de uma empresa de apostas. Assim, você recebe comissionamentos de acordo com os depósitos que forem feitos por clientes que usaram seu cupom ou código de afiliado, por exemplo.

Agora, pelo lado das empresas que querem surfar nessa onda, também há oportunidades. Eles podem firmar parcerias com empresas de apostas esportivas, por exemplo.

Veja bem, não é raro ver campeonatos e torneios patrocinados por casas de apostas esportivas. Empresas de diferentes segmentos, especialmente de entretenimento, podem estabelecer parcerias neste meio para atrair a atenção em um mercado que já está aquecido, potencialmente aumentando sua receita com isso.

Além disso, os próprios dados do estudo do Mr.Jack, que trazem o perfil do apostador brasileiro, podem ajudar muito nas estratégias de marketing e comunicação de empresas que querem atrair um público que também se interessa por apostas esportivas.

Por exemplo, sabendo que a maior parcela dos apostadores é composta por homens solteiros de 30 a 39 anos, se o público de um negócio está nessa faixa etária, vale criar conteúdos e compartilhar dicas sobre bons mercados, partidas interessantes e jogadores que estão se destacando.

Lembre-se que conteúdo cria audiência, e se isso for posto em prática com uma possível parceria com um site de apostas esportivas, ambas as partes podem ser beneficiadas.

Alternativas não faltam para comprovar a rentabilidade deste mercado, que tem tudo para continuar crescendo. Cabe agora aos apostadores e empresas identificarem oportunidades para se associarem a este movimento e, assim, ajudar no desenvolvimento do setor, que pode ocupar um lugar ainda mais privilegiado no coração do brasileiro.

Wesley Contiero

Jornalista, 30 anos, natural de Lins, interior de São Paulo.

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