O ano da Série D para o Democrata de Governador Valadares
Um dos mais tradicionais times do interior de Minas Gerais, Democrata volta este ano à elite do futebol mineiro.
Fundada em 1932, a Pantera, como é tradicionalmente conhecido o Democrata, disputou a primeira divisão do campeonato em 1969 e desde então com frequência sempre se manteve entre os grandes do futebol mineiro.
A Torcida do “Demo’, como é carinhosamente chamado, relembra com saudades as campanhas históricas do clube em um passado não tão distante. No ano de 1991, o time comandado por Gilmar Estevan e companhia levou a “maior do interior” ao delírio e chegou ao vice-campeonato da competição, perdendo apenas para o Atlético na final. Em 2010, mais uma campanha que deu orgulho a cidade de Governador Valadares, o time chegou às semifinais do torneio e parou mais uma vez no alvinegro de Belo Horizonte.
Mas nem só de glórias a pantera alvinegra viveu em seus 84 anos de existência. Atualmente atolado em dívidas, o Democrata quase faliu na década passada e hoje conta com ajuda de empresários para sobreviver. Entre acessos e rebaixamentos, podemos destacar a histórica goleada por 5 a 2 de 2011 sobre o Funorte em 2011, que livrou o Democrata de um rebaixamento certo, com 4 gols no segundo tempo e três gols nos minutos finais da partida
Para conseguir uma campanha digna da história do clube, o Democrata manteve o técnico Eugênio Souza no comando da equipe. Campeão do módulo II em 2016 com o clube, Eugênio começou a carreira no Itaúna-MG, e teve destaque maior nos times do estado de Minas. Com passagens por outros times do estado e por clubes de outros estados também, Eugênio teve seu auge como técnico em 2014, conquistando o título brasileiro série D com a Tombense. Antes de ser campeão brasileiro, Eugênio conquistou acessos com o Itaúna, o Guarani de Divinópolis e o Nacional de Muriaé. Agora em 2017, busca consolidar seu novo trabalho na Pantera e conseguir classificação para a série D 2018.
Entre os jogadores que geram expectativas nos corações dos torcedores, estão o volante Gladston, cria da base alvinegra que disputou os campeonatos mineiros de 2007 e 2008.
Conquistando acessos com clubes como Joinville no campeonato brasileiro, Gladston foi um dos responsáveis pelo acesso da Chapecoense em 2013. Nas últimas três temporadas, o cão de guarda democratense estava no CRB de Alagoas. Agora de volta, a torcida espera que ele dê sua vida e proteja a zaga dos ataques e contra-ataques adversários.
A expectativa do Democrata para esse Mineiro é primeiramente estabilizar-se na tabela, para não cair novamente e aí sim, buscar uma vaga nas semifinais da competição e a vaga na série D 2018.
Para conquistar o feito, a equipe alvinegra pretende usar mais uma vez a força do Mamudão e contará com o apoio incondicional da torcida que é líder das médias de público do interior mesmo quando o Democrata joga o Módulo II.
Devido a indefinições políticas, o Democrata foi um dos últimos times a apresentar o elenco e começar os trabalhos visando a esta temporada. Sendo assim, o time titular que enfrenta o América-MG ainda está indefinido, mesmo faltando duas semanas para a estreia. O que se sabe é que o lateral esquerdo Gérley ex-Palmeiras, o volante Gladston e Edinho, o artilheiro do Democrata em 2016, estarão entre os