NBA All Star Weekend: competições de habilidades
Confira como foi as competições de habilidades do NBA All Star Weekend
Nesta madrugada de sábado para domingo (dia 18/19), tivemos o segundo dia do fim de semana das estrelas da NBA, o famoso All Star Weekend.
Para os iniciantes, todo ano, mais ou menos na metade da temporada regular, a liga escolhe uma das sedes das 30 franquias existente e organiza um fim de semana de festividades, onde acontece desde um jogo de celebridades até a partida entre os melhores do Leste contra os melhores do Oeste. Após a polêmica lei anti-LGBT sancionada no estado da Carolina do Norte, Charlotte perdeu o posto de cidade escolhida para evento para New Orleans.
Tradicionalmente, o sábado é dedicado às competições de habilidades. Na edição de 2017, assim como no ano passado, o dia é dividido em três partes: Skills Challenge (desafio de habilidades, em uma tradução literal), Three-Point Contest (competição de arremessos de três pontos) e Slam Dunk Contest (famoso campeonato de enterradas).
Skills Challenge é composto por um circuito com passes, arremessos e dribles, para mostrar o jogador mais completo. Dois atletas competem para quem terminar o circuito primeiro, o vencedor passa de fase.
Algo legal foi a NBA admitir que a função de big man mudou com o tempo. Não é mais aquele jogador de trás para cesta, mas sim com o perfil bem mais parecido com o de Arvydas Sabonis. Por isso que os competidores são divididos em dois grupos: armadores/alas e pivôs. Os ganhadores de cada chave de mata-mata se enfrentam na finalíssima.
Gordon Hayward, ala e all star pelo Utah Jazz, enfrentou a sensação Kristaps Porzingis, ala-pivô do New York Knicks, na final, com vitória do letão. Curiosamente, desde que introduziram big men na competição, apenas jogadores de garrafão faturaram o desafio (Karl Anthony Towns dos T-Wolves ano passado).
O desafio de três pontos é bem mais simples: cada competidor arremessa cinco bolas de cinco posições diferentes: das duas zonas mortas, dos dois lados a 45 graus da cesta e uma de posição frontal. Dessas cinco bolas, sempre a última vale dois pontos. Além disso, o competidor tem o direito de escolher uma posição de que todas as bolas valerão dois pontos.
De longe foi o evento mais interessante da noite, uma combinação de grandes nomes e emoção na hora da decisão. Kemba Walker, Kyrie Irving e Eric Gordon bateram o atual campeão Klay Thompson, C.J. McCollum, Kyle Lowry, Nick “Swaggy P” Young e Wesley Matthews e avançaram de fase. Irving e Gordon empataram na final e tiveram que fazer um desempate; no desempate, o ala-armador dos Rockets levou a melhor.
Por fim, tivemos o famoso Slam Dunk Contest. Por vários anos, o campeonato de enterradas foi visto como algo decadente, já que apenas jogadores do segundo escalão para baixo se dispunham para competir. Contudo, com a sensacional disputa entre Zack Lavine e Aaron Gordon, e
sperava-se que os anos dourados voltassem. Criou-se então muita hype para que Gordon vencesse esse ano, já que Lavine rompeu o ligamento do joelho e não participaria, repetindo a bela atuação do ano passado.
Para a grande maioria, a competição desse ano foi fraca, uma das piores de todos os tempos. No entanto, honestamente gostei da inovação e ousadia dos participantes. Aaron Gordon, DeAndre Jordan, Glenn Robinson III e Derrick Jones Jr. mostraram muita criatividade. Por outro lado, tiveram muitos erros e os atletas não quiseram modificar suas enterradas para não serem penalizados, por terem apenas duas tentativas.
Assim, Gordon foi eliminado na primeira fase por não terminar sua segunda enterrada, depois de quase mal completar sua dunk com um drone. Jordan também ficou na primeira fase, porém achei interessante sua primeira tentativa, que envolveu D.J. Khaled tirando uma selfie no ato.
Robinson e Jones foram para a fase final, porém o que parecia uma decisão promissora perdeu o brilho quando Jones não completou sua primeira enterrada. Com uma nota baixa, ficou fácil para Robinson faturar a competição.
Penso que, mesmo perdendo a final, Jones mostrou muito talento como participante do torneio. Como bem disseram na transmissão americana, ele é o “maior dunker desconhecido do mundo”. Podem apostar, caso permaneça na NBA, vai ser um cara que veremos por vários anos disputando o Slam Dunk Contest.
Por Pedro Pacola