FERJ cria comissão para combater a violência entre as torcidas
Nesta Sexta-Feira, a FERJ e o clubes criaram uma comissão para discutir a questão que envolve as torcidas
Após os ocorridos envolvendo torcidas durante todo o ano de 2017, a Ferj e os clubes formaram uma comissão para discutir como enfrentar a questão que envolve os confrontos entre as torcidas no Carioca. A proposta inicial é punições administrativas aos clubes em caso de alguma ocorrência nas partidas realizadas entre as equipes. A primeira reunião da comissão será 3 de janeiro, quarta-feira.
A Entidade apresentou um documento aos clubes na assembleia geral realizada nesta sexta-feira (22/12), com penas duras, como a perda de pontos para casos de reincidência, porém será avaliado pela comissão, formada pelos quatro grandes Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, além de América, Nova Iguaçu e Bangu.
“É um assunto que tem que ser discutido. O Vasco vai colaborar, se posicionar em relação a isso. O assunto precisa ser discutido por quem conhece do tema” – disse Eurico Miranda, presidente do Vasco.
Outra sugestão foi a proibição de ingressos às organizadas, seja por gratuidades ou venda pelo preço menor do que o estipulado. A Ferj ainda pensa em premiar a equipe que siga estas regras.
O presidente Botafogo não concorda com a perda de pontos, mas fala da participação do clube na discussão.
“É uma penalidade muito dura, então isso tem que ser bem avaliado. Foi apresentada uma proposta pela Ferj e agora os clubes vão se reunir para uma análise. A iniciativa é muito importante, positiva, no sentido de mostrar que tanto a Ferj quanto os clubes estão preocupados, em busca de soluções que venham minorar o risco de conflitos e brigas nos estádios” – disse o dirigente.
Pedro Abad, presidente do Fluminense, falou sobre a necessidade de envolver a polícia e o Ministério Público.
“Vamos fazer uma reunião para estabelecermos algumas formas de controlar as organizadas. Vamos envolver clubes de menor investimento para montarmos um documento com procedimentos a serem adotados para garantirem a segurança do torcedor, para que não tenha mais confusão nos estádios. Dentro do Fluminense, temos algumas ideias, mas ainda são incipientes. É muito tênue a diferença entre o controle dos clubes e do estado. É importante fazermos uma proposta dos clubes e levarmos para a Polícia e o Ministério Público” – comentou o dirigente tricolor.
Já o Flamengo foi representado pelo advogado André Galdeano e na mesma assembleia, a entidade apresentou o calendário de 2018 e teve orçamento para o ano que vem aprovado.