Especialistas falam sobre o Fair Play Financeiro

Após caso City, Fair Play Financeiro passou a ganhar mais espaço nos debates futebolísticos

O Manchester City ganhou as manchetes a alguns meses atrás por um assunto extracampo: o Fair Play Financeiro. Em primeiro momento, a UEFA chegou a banir o clube por duas temporadas de todas as suas competições e multando em 30 milhões de euros, alegando que os donos da equipe fizeram aportes financeiros ilegais, camuflando a receita.

Porém, após apelação no CAS, Corte Arbitral do Esporte, a punição foi revertida, diminuindo o valor da multa para 10 milhões de euros e liberando para as competições. Inclusive, a condenação não foi pelo aporte ilegal, e sim por não ter ajudado nas investigações.

Toda essa situação abriu a discussão sobre o Fair Play Financeiro na Europa e também no Brasil, já que existe a expectativa do mesmo ser adotado no país verde e amarelo em um futuro próximo.

Em uma entrevista com o time da Betway, site de apostas online, os especialistas Pedro Daniel (diretor-executivo da Ernst & Young) e Maurício Corrêa (Presidente da Comissão de Direito Esportivo) falaram sobre o assunto, onde segundo eles, a ação é positiva.

Pedro Daniel ressaltou que o Fair Play não é criado como uma forma de punição, muito pelo contrário, é feito para ser uma forma das equipes se desenvolverem se tornarem sustentáveis.

“O Fair Play Financeiro não foi criado para punir ninguém, nem criar sanções. Ele visa apenas o desenvolvimento sustentável, sem lavagem de dinheiro. Os donos têm permissão para fazer aportes de até 30% da receita do clube. Se não passar disso, não há porque punir”, disse Pedro Daniel, em entrevista ao time da Betway.

“O Fair Play Financeiro não é um movimento socialista, que busca o equilíbrio financeiro entre os clubes. Se você tem mais dinheiro, você vai gastar mais”, completou o diretor-executivo da Ernst & Young.

O método que já é bem conhecido na Europa e vem dando certo, é cotado para começar a ser implementado no futebol brasileiro. Sobre isso, Maurício Corrêa, presidente da Comissão de Direito Esportivo do Instituto de Advogados Brasileiros, mostrou otimismo.

“A previsão é que seja implementado de maneira definitiva ainda esse ano”, afirmou.

“A partir do momento que você tem uma gestão eficaz, com a visão de que as despesas não podem superar as receitas, cresce a possibilidade de atrair os investidores”, completou.

Fato é que implementar o sistema de Fair Play Financeiro no futebol brasileiro não é para visar o equilíbrio dos times, mas sim a boa administração. Se um clube consegue ter uma boa administração, gerar renda, com o modelo terá tudo mais limpo, podendo formar boas equipes por muitos anos, se tornando sustentável.

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