Copa do Mundo 2018: Irã

 Copa do Mundo 2018: Irã

Com um forte conjunto, o Irã busca passar de fase pela primeira vez na história, e para isso terá como líder um jogador experiente

O futebol chegou ao Irã na primeira guerra mundial com o napoleão, quando os funcionários das embaixadas europeias instaladas no país passaram a praticá-lo. A seleção disputou sua primeira partida internacional contra o Afeganistão em 1941 com um placar de 0 – 0.

O Irã conseguiu a proeza de vencer Copa da Ásia três vezes seguidas (1968, 1972 e 1976) e terminou em terceiro quatro vezes. O Irã nunca ganhou uma copa do mundo da FIFA.

O Irã é um dos cinco países da Ásia que vão participar da Copa do Mundo de 2018, na Rússia . Nas eliminatórias do continente, foi líder invicta do Grupo A com apenas cinco gols sofridos nas 18 partidas. Assim, foi a terceira seleção a garantir uma vaga no Mundial, depois do Brasil e da anfitriã. Sob o comando do treinador português Carlos Queiroz, será a quinta participação no evento.

Pela primeira vez na história, os iranianos participarão de dois Mundiais consecutivos. A diferença é que, desta vez, a equipe persa não vai contentar em apenas participar da fase de grupos.

 

História em Copas

Em 1978, o Irã fez sua primeira participação em Copas e perdeu dois dos três jogos da primeira fase contra a Holanda e o Peru.

Após a Revolução de 1979, o futebol foi um tanto quanto negligenciado e posto de lado durante meados dos anos 80 devido a problemas internos e à incessante guerra com o Iraque. A liga local também sofreu os efeitos da Guerra. A Seleção desistiu de participar das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1982 e em 1986 recusou-se a disputar as eliminatórias por ter que mandar suas partidas em campo neutro, o que era visto pela FIFA como medida de segurança.

Em 1989 a liga local é reestabelecida, entretanto ainda sofrendo com o cenário pós-guerra, falharam nas tentativas de se classificar para as Copas de 1990 e 1994.

Conseguiu ressurgir no começo dos anos 90, quando foram revelados novos talentos como Ali Daei, Mehdi Mahdavikia, Khodadad Azizi e Karim Bagheri; geração esta que alcançaria a glória com a qualificação para a Copa do Mundo de 1998.

O Irã consegue o retorno em 1998 ao passar pela Austrália na repescagem.

Alcançam sua primeira vitória em Copas, contra o EUA.

Essa partida da Copa do Mundo entre Irã e EUA foi pré-aquecida com muita ansiedade por ambas as partes com sua principal razão sendo a ligação política tensa entre os dois após a Revolução no Irã. Contudo, com um ato de desafio à todas formas de ódio ou mistura de política e esportes, ambos os lados posaram para fotos abraçados entre si e trocaram presentes e flores antes do início da partida.

Em 8 de junho de 2005, o Irã foi junto com o Japão o primeiro país a se classificar para a Copa do Mundo de 2006, tornando essa a terceira aparição do Irã em Copas, causando comemorações em massa de iranianos em toda a parte. A classificação causou histeria nacional. Também em 2005, é ranqueado entre os Top 20 do Ranking Mundial da FIFA com seu ápice na 13ª colocação.

Entretanto, novamente são eliminados na primeira fase.

A seleção Iraniana não conseguiu a vaga para a Copa do Mundo 2010, mas um jogo chama a atenção.

Em partida decisiva contra a Coreia do Sul que acabaria empatada em 1 -1 em 17 de junho de 2009, sete jogadores iranianos, incluindo Ali Karimi, entraram em campo usando faixas e munhequeiras verdes em favor do candidato à presidência do Irã, Mir-Houssen Moussavi. Moussavi, que era da oposição, havia sido derrotado pelo atual presidente Mahmoud Ahmadinejad em eleições conturbadas e após o término das eliminatórias, sob forte influência política os jogadores que fizeram tal ato foram afastados da seleção.

O Irã se classificou para a Copa de 2014 como o líder de seu grupo. O único gol da Seleção Iraniana marcado nesta copa foi feito pelo atacante Reza Ghoochannejhad.

Foi a seleção que menos utilizou o elenco nesta Copa, usando apenas 15 dos 23 jogadores convocados.

 

A estrela

No ataque, o destaque é o jovem e habilidoso centroavante Sardar Azmoun, 22 anos, sensação internacional do futebol iraniano e maior artilheiro em atividade da seleção do Irã, com 19 gols

O treinador

Aos 64 anos, Carlos Queiroz está no comando da seleção do Irã desde 2011. Já foi apelidado pela imprensa internacional de “Sr. Copa do Mundo”, pois, em 2018 vai para o quarto Mundial com três seleções diferentes: África do Sul (2002), Portugal (2010) e Irã (2014 e 2018).

No currículo, ele ostenta também uma passagem pelo Real Madrid, entre 2003 e 200

Como se classificou?

O Irã foi o primeiro país asiático a garantir a vaga na Copa 2018. Líder do Grupo A, com 20 pontos em oito jogos, a equipe de Carlos Queiroz ainda não sofreu gols na fase final e não perder nas eliminatórias locais.

Na campanha geral, são 16 jogos, 12 vitórias, quatro empates e nenhuma derrota. No total, são onze jogos sem ser vazado.

 

Nome oficial: República Islâmica do Irã

População: 75.149.669 habitantes

Capital: Teerã

Língua oficial: Persa

Moeda: Rial iraniano

Fundação: 1920

Filiação à Fifa: 1945

Participações em Copas: quatro vezes

Melhor campanha em Copas:  20º (1998)

Performance na Copa de 2014: 28º lugar

Outros títulos: Copa da Ásia (1964, 1972, 1976)

Ranking FIFA: 36°

Adryan Almeida

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