MP-RJ pede o afastamento de Eurico Miranda do Vasco
Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o afastamento de Eurico Miranda e toda sua diretoria no comando do Vasco da Gama
Na manhã desta quinta-feira (14/09), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu o afastamento do presidente Eurico Miranda e dos vices-presidentes do Vasco da Gama. O órgão acusou o mandatário de contratar integrantes da torcida organizada Força Jovem Vasco como seguranças em São Januário e de acobertar crimes praticados pela facção. Conforme a reportagem do “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, o Eurico foi acusado de acobertar a violência no clássico entre o Gigante da Colina e o Flamengo, no dia 8 de julho, pelo Campeonato Brasileiro.
O pedido foi protocolado na última quarta-feira (14/09) e de acordo com denúncia apresentada pela instituição, o clube teria contratado integrantes da Força Jovem, organizada banida nos estádios brasileiros, e acobertado episódios de violência dentro de São Januário. A ação pede destituição definitiva de Eurico e membros da diretoria, além de multa de R$ 500 mil. Conforme o processo do MP-RJ, o Vasco descumpriu artigos do estatuto do torcedor sobre a violência no esporte, apoiando a facção e comprometendo a ação da Polícia Militar em dias de jogos.
De acordo com o MP-RJ, o integrante da Força Jovem, Sidnei da Silva Andrade, conhecido como “Tindô”, foi contratado pelo clube para trabalhar como “Steward”, devidamente identificado com crachá do Vasco e colete refletivo, sendo responsável pelo “Portão 09” do estádio, principal entrada das torcidas organizadas do clube. Este fato pode ter contribuído para a confusão generalizada que ocorreu após a partida, tendo em vista a grande quantidade de objetos, bombas e outros artefatos que foram arremessados e disparados pela torcida vascaína contra os torcedores e jogadores do time rival, policiais, jornalistas e outros profissionais da área que se encontravam no estádio.
Outro integrante da Força Jovem, Rodrigo Granja dos Santos, conhecido como “Batata”, também integrou no quadro de funcionários do clube, exercendo a função de segurança particular, confessando a vinculação ao Vasco em depoimento prestado em 21 de junho ao juiz de plantão do Juizado do Torcedor. A sua presença no estádio é mostrada também em registros fotográficos obtidos no curso das investigações em redes sociais.
Após a denúncia, Eurico Miranda citou que isso teria sido motivado por interesses pessoais, já que o Vasco terá eleições em novembro e garantiu que irá prestar esclarecimentos. Já a organizada Força Jovem Vasco disse que não ter vínculos com o clube e negou que seja dona de camarote no estádio.