Parabéns Paysandu! Papão comemora 103 anos de vida nesta quinta-feira
Relembre as principais conquistas do bicolor paraense
Dia 2 de fevereiro de 1914. Entre tantas datas importantes no cenário do futebol nacional, essa é uma que merece destaque, principalmente para a região norte do Brasil. Nesta quinta-feira (02), o time da Curuzu, famosa travessa do bairro do Marco, em Belém, celebra seus 103 anos de fundação com momentos e lembranças de sobra para orgulhar seus torcedores.
Na história centenária do Papão, alguns capítulos inspiram e emocionam aqueles que acompanham o Clube desde o século passado. Batalhas como a da La Bombonera, estádio do temido Boca Juniors, que em 2003 sucumbiu diante de Iarley, Robgol & Cia, ídolos bicolores, parecem se confundir com a travada na cidade de Paysandu, no Uruguai, em 1865, onde, em homenagem aos combatentes brasileiros que lá guerreavam, deu nome a equipe alviceleste.
Ainda que no jogo de volta, em Belém, o time azul e branco tenha perdido para o Boca pelo placar de 4 x 2, na mente dos torcedores fica a memória de uma vitória inesquecível na capital argentina. Esse espírito de garra e perseverança, que acompanha o clube desde a origem do seu nome até os dias atuais, esteve presente também em tantas outras conquistas do esquadrão de aço paraense. Nos anos de 1991 e 2001, o Papão se sagrou campeão do Brasileiro da Série B, conquistas que a equipe esbanja com orgulho em sua sala de troféus.
Em 2002, ano de glórias para um time que, pelo menos no papel, parecia modesto. Formado principalmente por jogadores locais, como Albertinho e Vanderson, e por atletas que adotaram o Pará como sua casa, no caso de Lecheva e Vandick, o Papão ganhou a Copa Norte e carimbava sua participação na Copa dos Campeões, com representantes dos quatro cantos do país. Aquele ano terminaria com o Paysandu escrevendo o nome na história da sua região quando, ao derrotar o Cruzeiro na final da Copa dos Campeões, garantiu uma vaga na Libertadores da América, feito nunca antes alcançando por um time nortista.
Essa trajetória vencedora dá ao Paysandu uma importância grandiosa no futebol pelo Brasil afora, valorização que se acentua ainda mais em sua terra natal. No Pará, o Papão é dono de 46 títulos estaduais, dois a mais que seu maior rival, o Remo. Essa quantidade de conquistas faz do bicolor o segundo maior campeão estadual do país, ao lado do Bahia, atrás apenas do ABC-RN, com 53. Em 2016, o time bicolor voltaria a assumir o protagonismo em sua região, vencendo a Copa Verde, competição disputada por times do norte e centro-oeste, mais o Espírito Santo.
No entanto, para seus apaixonados torcedores, tão importante quanto vibrar com as vitórias e feitos inacreditáveis, é valorizar aqueles que colocaram seus nomes na história do clube. E olha que não foram poucos! Quem nunca se encantou pela técnica e entrega mostrada por Iarley com a camisa azul e branca, ou pela raça e perseverança que artilheiros como Zé Augusto e Robgol mostravam defendendo o Papão nos anos 2000? Quem for mais antigo, com certeza se lembrará de astros do futebol paraense que vestiram o manto bicolor e que deixaram saudade dentro das quatro linhas, como Quarentinha, Mirandinha e Cacaio, esse último artilheiro da segunda divisão do campeonato brasileiro conquistado pelo Paysandu, em 1991.
Atualmente, o clube mostra caminhar novamente para um futuro de títulos e vitórias. A gestão do presidente Sérgio Serra aposta em elementos fundamentais fora de campo, para conseguir sucesso dentro dele. Hoje, o Paysandu possui uma marca prória de material esportivo, a Lobo; um estádio capaz de receber jogos de pequeno e médio porte; além da construção de um centro de treinamento para dar suporte ao elenco principal e divisões de base.
Em 2017, o Papão promete brigar pelo acesso à divisão de elite do futebol nacional. A esperança da sua torcida é que passado, presente e futuro andem de mãos dadas, fazendo o Paysandu assumir, de novo, papel de destaque nas principais competições do Brasil.