Abel Braga é apresentado no Fluminense e planeja 2017

Abel também fala sobre tragédia com a Chapecoense e situação do Inter no Brasileirão

Nesta sexta-feira (02), a equipe do Fluminense anunciou o treinador Abel Braga, em apresentação no Salão Nobre das Laranjeiras. O treinador é ex-zagueiro do Flu, e fará a sua terceira passagem como comandante da equipe, somando 219 partidas no currículo, com 60 derrotas, 44 empates e 115 vitórias.

O atual presidente do clube, Peter Siemsen e o presidente eleito, Pedro Abad, foram os responsáveis pela apresentação do novo velho treinador do Fluminense. Peter, inclusive, lamentou a demissão de Abel na sua última passagem, em 2013.

Abel Braga concedeu entrevista coletiva após a apresentação, onde falou sobre a sua última passagem nas laranjeiras.

“Me sinto mais leve. Peter disse que tinha de ter lutado mais pela minha permanência em 2013. Fui demitido e ganhei troféu, foi algo curioso. Se ficou um pouco da dor, ela desapareceu hoje”, comentou Abel.

Questionado sobre a formação do elenco, Abel afirmou que estará bem próximo a diretoria do clube.

“A formação do plantel… estarei muito próximo do presidente, do Pedro Antonio e Marcelo Teixeira. A direção não precisa me prometer reforços. O que mais quero, a fidelidade, eles já me prometeram. A promessa que fiz é de resgatar a imagem de campo. Não importa os nomes. Tem de pensar no número ideal de jogadores para fazer isso”, comentou.

Inevitavelmente, Abel Braga também respondeu perguntas relacionadas a Chapecoense.

“A volta ao clube me faz amenizar a dor que estou sentindo pelo momento. Estive em Curitiba anteontem. Era fiador do meu filho no apartamento, que era do Gil, da Chapecoense. Convivi nos Emirados Árabes com Caio Junior, frequentava a casa dele. Josimar foi meu jogador no Internacional. Há um mês, perdemos Carlos Alberto Torres. Só o futebol poderia amenizar a dor. Não vou falar do Mário Sérgio pois não consigo… Tomara que possa confirmar trabalhar com o Alexandre Torres, filho do Carlos Alberto. Só o futebol proporciona isso. Estou muito abalado, mas hoje um pouco aliviado. O clube formou o meu caráter, a minha lisura, a minha honestidade. Entrei em junho de 1968”, comentou o treinador.

O treinador também falou sobre o Internacional, equipe na qual tem uma identificação.

“É muito claro: não gostaria de ver o Inter rebaixado. É muito grande. Está pagando um preço, não sei se de acordo, ou muito grande, por algo que fez errado. A gente nunca pode prever nada no futebol. Em 2013, o Flu não caiu por pouco. Uma das causas, acho, foi a minha saída. Em dezembro, após meu contrato, não voltei ao Inter. Aguirre, Argel, Falcão, Roth, Lisca… Isso tem um preço”, finalizou.

 

Wesley Contiero

Jornalista, 30 anos, natural de Lins, interior de São Paulo.

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