Tite: “O nível que atingimos é para quartas de final”

Treinador da Seleção brasileira, Tite, em entrevista coletiva demonstrou-se satisfeito com o nível do Brasil, mas afirma que precisa melhorar para avançar

(Foto: Reprodução / Pedro Martins/MoWA Press)

O Brasil venceu o México por 2×0 nesta segunda (02) pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo. Classificado para as quartas-de-final, a seleção aguarda o vencedor do confronto entre Bélgica e Japão para conhecer o seu próximo adversário.

O técnico Tite em entrevista coletiva mostrou-se, como sempre, tranquilo. O comandante valorizou a atuação brasileira, destacou os pontos fortes e ressaltou que a Seleção precisa evoluir para avançar às próximas fases.

O nível técnico atual da Seleção: “O nível que atingimos é para quartas de final, a equipe tem que consolidar e crescer. Não me atenho a favoritismos. Está muito aberto”.

O ponto forte da Seleção: “Eu considero o equilíbrio a característica mais forte. É a equipe que mais finaliza, e talvez uma das que mais finalizam no gol”.

A atuação da Seleção hoje: “A expectativa do técnico era repetir o padrão do jogo anterior, e se possível crescer, e ela o fez contra um adversário com características de bastante qualidade. Saída de trás, reposição do goleiro. Ela manteve o nível e cresceu em algum aspecto. E todos que iniciaram e entraram jogaram bem, isso fortalece a equipe”.

Mudança no esquema tático após o intervalo: “Foi 4-4-2 com flutuação dos externos, liberdade maior, cinturão de marcação mais adiantada. Corta a linha de passe e amplia a área de atuação. Tem Gabriel Jesus para fazer compensação com desgaste de externos. Compreensão do jogo em termos táticos é essa”.

A entrada de Firmino e a permanência de Gabriel Jesus: “O Sylvinho contribuiu definitivamente para essa substituição com uma interação no banco. México começou a trabalhar pelo lado direito, Jesus deu essa sustentação e ao mesmo tempo trouxemos o Coutinho para articular perto do Neymar”.

A característica da seleção brasileira: “Cada seleção tem uma marca. Sempre tenho cuidado para não comparar uma à outra. A gente marca setor, não é individual. Não sai correndo para marcar. Cada um marca de forma agressiva no seu setor, talvez por isso bloqueamos tantas finalizações e cruzamentos. Assim encurta espaço do adversário, não marca o homem, tu marca setor, marca a bola, e depois o homem. A sequência lógica de marcação é marcar setor, olhar a bola e depois homem. É a forma que entendemos ser melhor. Outras marcam o homem, é louvável também. Tem que apostar numa estratégia e treinar. Nós apostamos nessa”.

O rendimento de Neymar: “Vou passar uma informação: Neymar ficou três meses e meio sem jogar uma partida. Alto nível, isso é muito. Outra: a crônica brasileira vinha acompanhando e dizíamos que um atleta de alto nível precisaria de quatro ou cinco jogos. No jogo anterior a esse ele jogou muito, e repetiu o padrão de atuação pelo jogador de excelência que ele é”.

O aspecto disciplinar de Neymar: “Ele está melhorando nesse aspecto. Tem que ficar focado. Quando gastamos energia em outras situações que não seja jogar, perde o foco. Ele gosta de jogar, gosta do drible, às vezes tem incompreensão dos adversários porque é muito ágil, rápido. É pecado driblar no último terço?”

Tite não deixou Neymar responder sobre a declaração de Osório, porém o próprio respondeu: “Eu não vou responder ao Osorio, eu vi o lance. Todos que estão me assistindo tirem sua conclusão, o vídeo está aí. Imagem não questionamos. Um grande jogo, a característica do jogo se impõe, jogo lá e cá, equilíbrio e possibilidades de conclusão. Jogo emocionante, qualidade das equipes, transições, foram muito melhores e mais bonitos para falarmos e enaltecer”.

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Joao Pedro

Estudante de Jornalismo na Instituição IBMR Barra, Rio de Janeiro.

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