Palermo e seu modelo de gestão á lá Brasileira

Após péssimo resultado, a diretoria do Palermo demitiu o técnico Walter Novellino

Maurizio Zamparini é um empresário Italiano que resolveu se arriscar no futebol. Em 2002 após vender o Venezia, clube ao qual havia comprado em 1987, o empresário resolveu comprar a tradicional Unione Sportiva Città Di Palermo, time da região da Sicília, na Itália. Mas logo no início Zamparini fez a opção por trocar o comando técnico da equipe, que acabara de ser contratado naquele momento pela gestão anterior, e cancelou o contrato de Roberto Pruzzo, o treinador em questão. Iniciava-se aí a maior marca da era Zamparini como gestor do Palermo: A troca compulsiva de técnicos.

Zamparini trocou de treinador 30 vezes no tempo em que dirigiu o Venezia.
Foto: www.zimbio.com

No último domingo (10) após a derrota em casa para a Lazio pelo placar de 3 a 0, Zamparini, demitiu o treinador Walter Novellino que assumira a equipe há cerca de um mês atrás. Com a demissão de Novellino, o Palermo completou a 9ª troca no comando técnico da equipe só nesta temporada. Mais incoerente do que a conduta de Zamparini quanto ao número de vezes que se troca de técnico são as suas escolhas e atitudes. Beppe Iachini, por exemplo, foi o primeiro treinador Rosanero da temporada e acabou sendo demitido. Porém, um tempo depois, Iachini retornou ao Palermo.

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O treinador ficou pouco mais de um mês no comando do time e foi duramente criticado e até ofendido por Zamparini em uma rádio italiana o que gerou revolta em Iachini que se retirou do comando técnico. Tão absurdo quanto o tempo que o dirigente deu à Iachini para trabalhar, as ofensas que lhe foram atribuídas e a opção por optar por ele no comando técnico do time rosanero duas vezes na mesma temporada foi nesse meio tempo entre as duas eras Iachini contratar cinco técnicos e posteriormente demití-los. É fato também que Schelotto, um dos técnicos da temporada, não pôde assumir o Palermo efetivamente nos jogos porque não tinha a licença que a UEFA exige aos treinadores na Europa. Mesmo assim Giovanni Tedesco, que representava Schelotto, também deixou o cargo após demissão. Os outros três (além de Schelotto e Tedesco) foram Fabio Viviani, Giovanni Bosi e Stefano Ballardini, o último acabara de ser recontratado para assumir o lugar deixado por Novellino.

Ballardini comandará o Palermo pela 2ª vez nessa temporada.
Foto: www.mediagol.it

Não bastasse o número assustador de trocas em uma só temporada, o número de trocas em toda a era Zamparini (36 vezes o treinador do Palermo foi trocado em 14 anos) e a incoerência no planejamento ao demitir técnicos e depois de um tempo recontratá-los na mesma temporada , o desempenho pífio do Palermo na Série A TIM preocupa. São 11 jogos sem vitória, a última aconteceu em Janeiro contra a Udinese. De lá pra cá são 4 empates e 7 derrotas. Como consequência da péssima fase o time, no momento, amarga a 18ª posição o que lhe rebaixaria à Série B do Italiano se o campeonato acabasse hoje.

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