Opinião: A chegada de Tite e o fim da “crise” na Seleção Brasileira

Tite e a reestruturação da Seleção Brasileira, de fora da Copa a primeiro colocado nas eliminatórias

A crise no futebol brasileiro parece ter chegado ao fim com o excelente trabalho de Tite a frente da seleção. Torcedores, ex-jogadores, treinadores e principalmente a mídia nacional diziam que o nosso futebol estava acabado: jogadores ruins, treinadores descapacitados, nenhuma jovem revelação, com um campeonato nacional de baixo nível. Para a grande maioria, os próximos anos seriam decepcionantes tanto na qualidade do nosso jogo, quanto em resultados, alguns chegaram a duvidar da classificação da seleção canarinho para a próxima Copa do Mundo.

Como todo esse panorama negativo mudou em sete meses de trabalho? Será mesmo que os nossos jogadores não eram de alto nível internacional? O campeonato nacional é de tão baixo nível assim? A seleção brasileira vai ficar fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez? Algumas perguntas estão sendo respondidas pelos jogadores em campo e por um treinador que antes de chegar à seleção era técnico do campeão nacional de 2015: Corinthians. Mais da metade dos jogadores da Era Dunga foram mantidos pelo novo comandante, o que nos comprova que o problema não era qualidade dos atletas.

Com seis vitórias seguidas, 17 gols marcados e apenas um sofrido, o gol contra do zagueiro Marquinhos, a Amarelinha assume a liderança das eliminatórias com quatro pontos a frente do segundo colocado, Uruguai, e oito da quinta colocada, Argentina.

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Algumas mudanças foram nítidas no novo comando técnico, desde questões táticas até ao relacionamento dos mesmos diante da imprensa e torcedores. Mas a tese que os jogadores eram o problema para os maus resultados da Copa do Mundo e das duas últimas edições da Copa América, ficou defasada quando os mesmos atletas que não foram bem nas competições citadas, surgiram como os pilares dos bons resultados de Tite.

Desde Daniel Alves, Paulinho, Marcelo, Fernandinho – contestados durante a campanha do Mundial de 2014 – até Neymar, Miranda e Renato Augusto que receberam criticas durante os torneios do continente americano. todos os citados estão sendo de grande importância no surgimento de uma grande equipe brasileira. Podemos dar como parâmetro o jogo Brasil 3 X 0 Argentina, no qual a seleção teve grande exibição e contou com todos no time titular.

Claro que novos e bons nomes surgiram com o novo treinador, como Casemiro, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho, jogadores que não sentiram a pressão de vestir a amarelinha. Gabriel era o camisa nove que a seleção tanto precisava, um jogador moderno, que se movimenta bem, tem habilidade e grande poderio de finalização. Casemiro, foi o ponto de equilíbrio do Real Madrid na conquista da Liga Dos Campeões e na seleção conseguiu exercer esse mesmo papel com perfeição. Philippe Coutinho já fazia parte do grupo que disputou a Copa América, mas foi com Tite que ele se tornou um dos principais jogadores da equipe.

O momento que a seleção brasileira vive mostra que as constatações negativas feitas anteriormente eram exageradas. Temos sim, jogadores com qualidade e que possuem papel de destaque nos principais clubes pelo mundo, possuímos também grandes revelações – como foi visto no título olímpico inédito -, um ótimo treinador e um campeonato nacional de bom nível – que precisa de melhorias, é claro.

O panorama atual é de esperança para todos que gostam de ver um futebol bonito e vitorioso. O trabalho que tem sido feito precisa ser elogiado e cobrado, pois ainda tem que avançar bastante para conseguir o respeito e o carinho dos brasileiros.  Mas principalmente para não cair na mesmice que só com bons jogadores venceremos partidas e campeonatos. Pois o esporte mais conhecido do mundo tem sofrido grandes mudanças técnicas, táticas e individuais, portanto, quem não se adaptar vai sempre estar um passo atrás dos demais.

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