Opinião: a CBF obriga equipes a poupar jogadores

 Opinião: a CBF obriga equipes a poupar jogadores

Equipes que disputam mais de uma competição ao mesmo tempo têm dificuldades de contar com todos seus atletas, e muitos acabam por poupar em vários jogos

Um dos mais adeptos a poupar atletas, Renato Gaúcho ganhou uma Libertadores no ano passado, mas abriu mão do Campeonato Brasileiro.
Foto: LUCAS UEBEL/GRÊMIO FBPA/JC

Poupar ou não poupar, eis a questão. A frase, bem shakespeariana, retrata bem o dilema dos times que disputam mais de uma competição durante o mês. Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores ou Sul-americana são desejos de todas as torcidas do País, mas desgastam os jogadores, ao ponto dos clubes priorizarem alguma competição.

Na rodada passada, Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro foram times que pouparam jogadores. Com compromissos pela Copa do Brasil, O alviverde paulista acabou escalando apenas três titulares. O Timão, começou o jogo com quatro, e os mineiros começaram apenas com um jogador titular.

Essa prática, não tão recente, tem como propósito o de manter a condição física do jogador. No ano passado, o Grêmio utilizou disso e levou a Libertadores para casa. Outros, priorizam o Brasileirão e poupam em competições internacionais. Porém, com qual razão?

O calendário do futebol brasileiro é bem longo. Este ano, por conta da Copa, os estaduais começaram no dia 17 de janeiro. Antes, alguns times já começaram sua pré-temporada entre o dia três. A Florida Cup, começou no dia dez, e a Copa do Nordeste no dia quatro. A edição deste ano do Campeonato Brasileiro só termina no dia nove de dezembro. Se algum brasileiro estiver na final da Copa Sul Americana, vai jogar até dia doze do mesmo mês, enquanto o campeão da Libertadores, vai jogar até o dia quinze.

A questão é: a CBF não tem um calendário que permita que algum time jogue com força total o tempo todo. Com times que podem jogar até seis competições durante o ano, uma hora ou outra. As equipes terão que poupar algum atleta para não sentir a falta do mesmo em uma partida decisiva.

 

Guilherme Ribeiro Rocha

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