EU LCS: Palpites e expectativas para a Etapa de Primavera 2017

Confira uma análise sobre a etapa de primavera da EU LCS

É 2017 e mais uma etapa de primavera se aproxima. Tendo início nesta quarta (19), a temporada europeia está recheada de mudanças, inclusive nos times que mais surpreenderam em 2016, como a H2K. Grandes organizações também demonstram que podem ter um retorno promissor aos holofotes dos grandes jogos de playoffs, como a Unicorns of Love e a Fnatic, que não esteve à altura da organização no ano passado e busca recuperar seu lugar de destaque no cenário mundial.

CANDIDATOS AO TÍTULO:

1. G2 Esports: o time gerido pela estrela do League of Legends europeu, Carlos “Ocelote”, manteve o plantel que foi campeão da LCS no ano passado e deve permanecer na briga para manter a dominância local que a organização estabeleceu já no seu primeiro Split disputando a elite europeia. Com jogadores extremamente talentosos em todas as posições, cabe a Ocelote saber controlar os egos de suas estrelas para leva-los ao ápice nas grandes competições internacionais.

As frustrações vividas no MSI 2016 e no mundial do mesmo ano, não geram desconfiança quanto ao desempenho regional da equipe, que tem em seu caçador da selva a maior arma para vencer os jogos. Kim “Trick” Gang-yun já provou ao mundo que sua capacidade de controlar o tempo das partidas é a arma que toda a Europa deve temer. Capaz de acelerar os jogos quando o time precisa de soluções rápidas, Trick também sabe como controlar as ofensivas inimigas num jogo onde escalar e esperar as fases mais tardias da partida é mais importante que realizar jogadas plásticas.

As grandes incógnitas estão ao redor de Perkz e Mithy, que apresentaram um desempenho muito abaixo do normal no último mundial, porém a pré-temporada deve ser o suficiente para o time retomar a forma que o tornou o atual bicampeão europeu.

2. H2K Gaming: o time que hoje possui os três maiores especialistas em sua função na Europa é sempre um forte candidato ao título. Neil “Prolly” Hammad, Andrei “Odoamne” Pascu e Marcin “Jankos” Jankowski chamaram a atenção do mundo inteiro após uma campanha muito acima das expectativas no último mundial. Manter essas três peças no plantel é a principal razão pela qual a H2K ainda deve se manter no topo do velho continente.

O “first blood king” Jankos terá de aprender a trabalhar com seus novos companheiros, porém acrescido de Odoamne deve conseguir criar pressão de mapa em todas as novas rotas. O fator comunicação, que sempre foi importante nos times comandados por Prolly, deve ser prejudicado nessa temporada após a adição de dois coreanos: Nuclear e Chei, ambos na rota inferior. Os dois asiáticos nunca viveram um momento de pico na carreira, e são duas contratações bastante contestáveis.

Entretanto, é mais uma oportunidade de verificarmos a diferença que existe entre o cenário coreano e as demais regiões (como no caso de Reignover, que foi de chacota na Coreia a ídolo nos Estados Unidos). Na rota do meio, Fabian “Febiven” Diepstraten terá a árdua missão de substituir o ídolo coreano, Ryu, que deixou a H2K após uma incrível recuperação da sua carreira, e ainda apagar o 2016 terrível que ele viveu com a Fnatic.

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A CONCORRÊNCIA:

3. Splyce: aqui está a grande incógnita do cenário europeu, por já ter vivido seu auge e por ser cercada pela Unicorns of Love e Fnatic que tem mais potencial para deslanchar em 2017 do que a Splyce. Entretanto, a manutenção do plantel que chegou ao mundial em 2016 sob o comando de Jakob “Yamato” Mebdi é um fator crucial para a Splyce estar tão próxima do topo. Yamato é um técnico e gestor de pessoas muito acima da média, quase no nível do já eternizado Prolly, mas deve ter sua ascensão contida pelo limite técnico dos seus comandados. Manter-se no topo será uma missão mais árdua agora que os holofotes estão voltados para a Splyce, então acredito que na etapa de Verão o time já esteja mais abaixo do que essa atual terceira colocação. Enquanto a maior parte do plantel parece já ter atingido seu ápice, a esperança de melhora será depositada no jogador do meio Chres “Sencux” Laursen. É dele a responsabilidade de puxar o nível da Splyce para cima e se colocar no patamar de Perkz caso o time dinamarquês tenha ambições maiores que uma semifinal regional.

4. Fnatic: responsável por quebrar a hegemonia da G2 no cenário europeu, a Fnatic é discutivelmente, o segundo time com maior potencial dessa primeira etapa. Martin “Rekkles” Larsson terá a companhia de seu amigo de longa data e um dos maiores jogadores da história do cenário europeu, Paul “sOAZ” Boyer, mais uma vez em 2017. A eles, somam-se Maurice “Amazing” Stückenschneider, Jesse “Jesiz” Le e Rasmus “Caps” Winther. A adição de Amazing e Jesiz é perfeitamente compreensível a partir do ponto de vista que Rekkles esteve sobrecarregado capitaneando no plantel da Fnatic em 2016. Essa não é a natureza do jogo do atirador sueco.

Com a liberdade advinda de trabalhar com dois estrategistas tão experientes, Rekkles deve sentir-se mais livre para expor suas mecânicas que o colocaram como um dos grandes atiradores do ocidente. Porém, não é nele que deposito as esperanças de que a Fnatic será um dos grandes times de 2017. O jovem dinamarquês, Caps, esteve na Dark Passage ano passado e fez uma campanha surpreendente ao lado do agora caçador da UoL Xerxe. Em seu primeiro Split, Caps massacrou grandes nomes do cenário internacional como NeeGodBro (ex-CW e NiP) e Naru. O jovem dinarmaquês poderá formar uma grande rivalidade com Perkz e com outro jovem jogador, de quem falaremos a seguir.

5. Unicorns of Love: sem dúvidas, a maior quantidade de talento agrupada em um mesmo plantel, a UoL tem tudo para alcançar seu primeiro título de LCS esse ano e se consolidar como uma gigante do cenário europeu. O time manteve suas grandes estrelas, o topo Tamás “Vizicsacsi” Kiss e o suporte Zdravets “Hyllissang” Galabov que se somam à grande revelação de 2016, o meio Fabian “Exileh” Schubert, para formar o coração de uma equipe capaz de revelar novos talentos.

A grande contratação promovida pelo técnico Fabian “Sheepy” Mallant, foi a adição do caçador Andrei “Xerxe” Dragomir. Xerxe formou uma dupla implacável com o novo meio da Fnatic, Caps, quando ainda eram jogadores da Dark Passage. A união dele e Exileh deverá formar uma das sinergias mais temidas entre caçador-meio do mundo inteira . A única incógnita do time é o atirador Samuel “Samux” Fernández, que chegou ao apagar das luzes após uma saída conturbada de Veritas para jogar no cenário desafiante coreano. Samux nunca teve bons momentos durante sua passagem na Giants, mas há de se convir que ele também nunca teve um bom time ao seu lado. Seu desempenho recente nas filas ranqueadas europeias o colocou como o substituto preferido à vaga de Veritas. Resta esperar que ele corresponda às expectativas do resto do time.

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A Misfits apresentou um plantel interessante e vem embalada pela boa campanha no circuito desafiante. Porém, o recente desempenho nas séries promoção me fazem desacreditar do time apesar da adição do jungle coreano Lee “KaKAO” Byung-Kwon e do meio Tristan “PowerOfEvil” Schrage. Ambos não fizeram um bom 2016 mas podem recuperar a forma com o talento incontestável do jovem Barney “Alphari” Morris. A Vitality é a Misfits que deu errado. O talento de Lucas “Cabochard” Simon-Meslet não desabrochou e a aposta em um meio consagrado na Europa porém que estava em baixa no cenário em Erlend “Nukeduck” Holm não rendeu o esperado. Giants e Origen não montaram bons times e não devem sair da parte de baixo da tabela.

Agora nos resta esperar o começo da etapa mais tarde e ver no que dá! A ação começa às 11h da manhã horário de Brasília nesta quinta-feira (19) e será transmitida ao vivo na Twitch e no Youtube.

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