Gallardo, ídolo dentro e fora de campo

Marcelo Daniel Gallardo, carinhosamente apelido de “Muñeco”, um grande ídolo da história do River Plate, como jogador foi espetacular, como técnico é inquestionável

(Foto: Coluna do Flamengo)

Em 1992, o jovem Gallardo saia das divisões de base, rumo ao elenco profissional de “El más grande”, permaneceu no clube por sete anos, durante esse período se tornou ídolo, conquistando três Torneios Apertura (93, 94 e 96) um Torneio Clausura (97), e também a Libertadores em 96, foi também uma das principais peças no titulo da Super Copa da Libertadores em 1997.

Entre 1992 e 1999 Gallardo jogou 109 jogos, e foi às redes 17 vezes. Em 1999, Gallardo desembarcou na França pra se apresentar ao Mônaco, por lá ficou três temporadas sem muito brilho, até que em 2003 ele volta pra sua casa, o River Plate. Essa segunda passagem durou até o final de 2006, tendo sido o capitão na conquista do Clausura 2004. Nesta passagem foram 63 partidas jogadas e 21 gols anotados.

(Foto: WAGNER BORDIN / Futebol Portenho)
(Foto: WAGNER BORDIN / Futebol Portenho)

Nos anos de 2007 e 2008, ‘Muñeco’ esteve no Paris Saint Germain (FRA) e também no DC United (USA). Em 2009 mais uma vez chegava ao Monumental de Nuñez, para sua terceira e ultima passagem pelo River, dessa vez sem o brilho de antes, a idade já pesava, e as lesões atrapalharam, até maio de 2010, Gallardo jogou 19 partidas e marcou apenas 6 gols. Saindo do River, o então meia desembarca em Montevideo, para vestir aquela que seria sua ultima camisa como jogador, a do Nacional.

Porém logo no inicio de sua trajetória, ‘Muñeco’ lesionou gravemente o joelho direito, ficando por quase seis meses afastado dos gramados. Em 2011 voltando de lesão ele ajudou o “Bolso” a conquistar mais um titulo uruguaio. Com a conquista também veio o anuncio da aposentadoria.Tendo mantido um bom relacionamento com a diretoria e a torcida do Nacional, Gallardo foi convidado a ser treinador do clube.

Durante o pouco tempo no Gran Parque Central foram dois campeonatos uruguaios vencidos, em 2012 por problemas particulares, chega ao fim sua historia como treinador do “Bolso”.Em 2014 o River Plate vivia um momento de reconstrução, e a diretoria resolveu apostar em um grande ídolo do passado para devolver dias de gloria ao torcedor Millonário, e aposta vingou.Ainda em 2014, Gallardo levou o River ao titulo da Copa Sul Americana, tendo eliminado grandes equipes, como Libertad, Estudiantes, o maior rival Boca Juniors, e na final batendo o bom time do Atlético Nacional da Colômbia.

No ano seguinte o River Plate voltou a estar entre os maiores do planeta, um ano inesquecivel pra qualquer torcedor Millonário. Pela Recopa Sul Americana bateu o rival San Lorenzo duas vezes, assim levantando a taça.

Pela Libertadores, o River sofreu na fase de grupos com equipes sem nenhuma expressão no cenário continental, pelas oitavas passou pelo Boca,  a CONMEBOL excluiu os xeneizes da competição após jogadores do River serem atingidos por gás de pimenta na partida de volta. O River ainda eliminou o forte time do Cruzeiro, e nas semifinais o Guarani do Paraguai.

Em 5 de Agosto, na final contra o Tigres do México foi um verdadeiro show  em campo e na arquibancada, 3 a 0 e o tri da América. Menos de uma semana depois, os Millonários festejaram mais uma vez, dessa vez com o titulo da Copa Suruga Bank, diante do Gamba Osaka.

2016 também foi um ano de festa millonária, os comandados de Gallardo bateram os colombianos do Santa Fé e ergueram pelo segundo ano seguido, a Recopa Sul Americana. No final do ano venceram também a Copa Argentina, batendo por 4 a 3 o Rosário Central na final, em uma emocionante partida cheia de viradas.

A carreira de Marcelo Gallardo como treinador se confunde com o ressurgimento do River Plate. Em três anos foram seis taças erguidas. Aquele técnico carregado de desconfianças no inicio de carreira, hoje é tido como um dos melhores do mundo, e aquele River Plate que vinha em um momento de retomada, hoje está de volta ao cenário dos grandes clubes do planeta.

Higor Rodrigues

Natural de São Paulo, tenho 27 anos e faço trabalhos como redator desde 2014. Apaixonado por esportes, faço matérias de futebol sobre diversas competições.

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