Copa do Mundo 2018: Japão

 Copa do Mundo 2018: Japão

Troca de técnico pert do mundial causa desconfiança no Japão

Conhecida como os “Samurais Azuis”, a seleção do Japão é uma das mais vitoriosas no continente asiático. Tetracampeã na competição continental, fora da Ásia ainda não fez tanto barulho, mas conta com jogadores como Honda, meia que está no Pachuca do México; Yoshida, zagueiro do Southampton, da Inglaterra; além de Okazaki, do Leicester, também inglês; e Shinji Kagawa, do Borussia Dortmund, da Alemanha.

Apesar de contar com jogadores conhecidos em grandes equipes européia, a seleção inspira desconfiança no país do sol nascente. Faltando dois meses para o mundial, a JFA, associação de futebol do país, trocou o técnico. Akira Nishiro assumiu o lugar de Valid Halilhodzic, que tinha mudado o jeito de jogar da seleção. Conhecidos por manter a posse da bola, os Samurais jogavam apostando em contra-ataques durante o comando do treinador bósnio. Agora, o ex-jogador japonês pretende voltar com o estilo de jogo já conhecido entre os nipônicos, e também, melhorar a fase da seleção, que nos últimos amistosos, amargou um empate contra o Mali, por 1 a 1, e uma derrota para a Ucrânia, por 2 a 1.

Japão em Mundiais

A primeira participação foi na França, em 1998 onde caiu em um grupo com Argentina, Jamaica e Croácia, sendo eliminada na primeira fase, com 3 derrotas. Apesar do resultado negativo, a participação serviu para popularizar o esporte no país, após bater na trave em 1994. Desde então, o Japão participou de todas as copas que aconteceram.

Os Samurais não conseguiram passar das oitavas-de-final. O maior feito deles ocorreram em duas edições: 2002, quando foram um dos anfitriões do Mundial, e 2010. Em casa, quando foi o primeiro colocado do seu grupo, foram derrotados pela Turquia, por 1 a 0. Em território sul-africano, a derrota foi mais dolorida. Os japoneses empataram contra o Paraguai, com bola rolando, e perderam por 5 a 3 nos pênaltis.

Os japoneses já enfrentaram o Brasil em Copas do Mundo. Em 2006, na Alemanha, o Japão caiu em um grupo que, além da seleção canarinho, também tinha Croácia e Austrália. Novamente, os japoneses ficaram no meio do caminho, e perderam por 4 a 1 para os comandados por Carlos Aberto Parreira.

Em sua última participação, na última edição, a seleção não foi párea para um grupo que tinha Grécia, Costa do Marfim e Colômbia. Perderam para os costa-marfinenses (2 a 1) e para os colombianos (4 a 1), e empatam contra os gregos (0 a 0), ficando na primeira fase da competição.

Com estrelas em má fase, Yoshida é o principal jogador dos Samurais

Maya Yoshida é um zagueiro que joga no Southampton desde a temporada 2012/2013. O atleta de 29 anos começou no Nagoya Grampus, em 2007, e ficou por lá até 2010, quando foi transferido para o VVV-Venlo. Jogou 2 anos na Holanda, antes dos ingleses desembolsarem cerca de 3 milhões de euros para reforçar a zua zaga. Além de zagueiro, o jogador também pode atuar pela lateral direita.

Na seleção, o Yoshida fez a sua estreia em 2010, quando o Japão ganhou do Iémen por 3 a 2, em jogo amistoso. Desde então, o zagueiro atuou pelo país em 80 oportunidades, e marcou 10 gols. Ele já defendeu támbém a seleção nas Olímpiadas de Pequim, em 2018. Na oportunidade, o Japão perdeu o bronze para Coréia do Sul, por 2 a 0. Na carreira, o zagueiro tem 316 jogos, fez 22 gols, 6 assistências, foi advertido 28 vezes com o cartão amarelo e foi expulso apenas duas vezes.

O treinador

O recém-contratado Akira Nishiro tem 63 anos, e entrou no lugar de Valid Halilhodzic, que treinou a seleção durante as eliminatórias. O técnico japonês é conhecido pelo “Milagre de Miami”. O episódio se refere a vitória do Japão sobre o Brasil, nas Olímpiadas de 96, por 1 a 0, em jogo que aconteceu no estádio Orange Bowl. Apesar disso, a seleção acabou sendo eliminada na primeira fase, pelo saldo de gols, que foi inferior a Brasil e Nigéria.

Outro bom trabalho dele foi no Gamba Osaka, entre 2002 e 2011, onde o time conquistou três copas nacionais (duas Copas do Imperador e uma Copa da Liga Japonesa), um campeonato da J-League e uma AFC, a competição continental asiática. Essa década vitoriosa não impediu que, em 2011, após perder o titúlo da J1 na última rodada, ele fosse demitido da equipe. Depois, teve passagens ruins por Vissel Kobe e Nagoya Grampus. Antes de ser o técnico, era diretor da JFA, a entidade que cuida do futebol japonês.

Sem grandes dificuldades, os Azuis foram a segunda seleção do continente a se classificar

O Japão começou a disputar as eliminatórias na segunda fase, e passou sem dificuldades pela sua chave. Pelo grupo E, a seleção passou invicta, com sete vitórias e um empate, com destaque para as goleadas sobre o Afeganistão, fora de casa (6 a 0), e em casa (5 a 0) e contra a Síria, como mandante (5 a 0). O único time que conseguiu arrancar um ponto, foi a seleção de Cingapura, na segunda rodada, com um 0 a 0, jogando em terras japonesas.

Na fase final, os Samurais tiveram mais dificuldades. Pelo grupo J, junto com Austrália e Arábia Saudita, os Azuis ainda se garantiram na primeira posição, mas sofreram duas derrotas, e só ficou um ponto na frente dos seus principais concorrentes, e foi a seguda seleção do continente a se classificar para a Copa. Sem perder para seleção australiana, foi no segundo jogo contra ela que os nipônicos carimbaram o seu passaporte para a Rússia. Jogando em casa, os japoneses, com Asano e Ideguchi marcaram na vitória sobre os australianos, por 2 a 0.

Mais sobre o Japão

O anime Captain Tsubasa (traduzido no Brasil para “Super Campeões”) teve apoio da JFA, com a intenção de popularizar o esporte no país. O enredo mostra a história de Oliver Tsubasa desde os juniores até a sua titularidade na seleção japonesa e já teve 5 séries, sendo Road To 2002 a mais popular, e Captain Tsubasa 2018 a mais recente.

Os Samurais foram a única seleção fora das Américas a participar de uma edição de Copa América. Em 1999, os japoneses caíram no grupo A, junto com Paraguai, os anfitriões, Bolívia e Peru, e sofreram duas derrotas, contra os paraguaios(4 a 0) e os peruanos(3 a 2), e empatou com os bolivianos (1 a 1), não passando da primeira fase da competição. Os gols japoneses foram marcados por Wagner Lópes, brasileiro naturalizado, Atsuhiro Miura, e Ewvin Sánchez, contra.

Capital: Tóquio

Número de Habitantes: 127 milhões

Participações em Copas: 5

Melhor Participação: 2002 e 2010 (Oitavas de final)

Time Base: E. Kawashima; G. Sakai, T. Makino, M. Yoshida, Y. Nagatomo; M. Hasebe, H. Yamaguchi; K. Honda, G. Shbasaki, G.Haraguchi; K. Sugimoto. Tecnico: Akira Nishiro.

Posição na última Copa: 25ª

Ranking FIFA: 50

Guilherme Ribeiro Rocha

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