Com grande experiência no Japão e no Brasil, Cesaretti conta um pouco sobre sua carreira

Com grande período no futebol japonês e brasileiro, Cesaretti compara ambas competições e diz qual está mais evoluída

Wanderley Cesaretti Moreira, atualmente tem 63 anos, é formado em Educação Física e possui especialização em futebol. Começou trabalhando em uma escola americana, em São Paulo.

Após experiência a frente do Soccer Camps, Casaretti vou estagiar no São Paulo, em 1978, onde trabalhou junto com Rubens Minelli (na época treinador do clube) e com o preparador físico João Paulo Medina. Após passagem pelo tricolor paulista, Wanderley foi auxiliar técnico no Santo André, em 1982.

No ano seguinte, Cesaretti decidiu trabalhar por conta própria, a partir daí, teve passagens por clubes como Anapolina, União de Mogi das Cruzes e nas categorias de base do Palmeiras e Ponte Preta.

Depois da passagem por Campinas, Cesaretti Moreira teve a sua primeira passagem fora do país, em um time de futsal, nos Estados Unidos. Após trabalhar no futebol americano, voltou ao Brasil e logo foi para o Japão, onde teve a sua maior sequência em termos de tempo. A última passagem de Cesaretti foi no Vilhena, em março de 2017.  Confira a entrevista completa abaixo:

Esportes Mais: Você trabalhou tanto no futebol brasileiro, quanto no japonês e americano. Tem muita diferença entre os países?

Cesaretti: Tem muita diferença, principalmente na parte do profissionalismo, como é feito o futebol e o respeito. No futebol americano, minha experiência é limitada no Soccer Camps, não posso te dar uma resposta completa, mas no japonês sim. Se o Brasil perdeu de 7×1 para a Alemanha, merecia perder de oito para o Japão, no que se refere a qualquer aspecto no futebol. A única qualidade daqui, é que ainda nasce talentos.

Esportes Mais: Muita gente diz que os japoneses se inspiram nos brasileiros dentro de campo. Em qual ponto você acha que os brasileiros deveriam se inspirar nos japoneses?

Cesaretti: Hoje eles não se inspiram nos brasileiros, isso foi a antigamente. Hoje eles se inspiram 100% nos europeus. Já o brasileiro, deveria copiar o estilo de gestão deles.

Esportes Mais: Quais são seus planos para o futuro? Continuar no Brasil, voltar ao Japão ou até mesmo quem sabe ir para o EUA e participar da MLS.

Cesaretti: A princípio, é voltar a trabalhar o mais rápido possível, mas sempre visando ir para fora do país, seja no Japão, América ou Ásia em geral. Eu gostaria muito de trabalhar na Ásia. Para isso, preciso fazer um bom trabalho aqui no país, para as portas se abrirem lá fora.

Esportes Mais: O seu mais longo trabalho, foi no Japão. Acha que falta essa sequência de trabalho aqui no Brasil?

Cesaretti: Acho que não é isso que falta no Brasil não, o fator do tempo é apenas mais um detalhe. Tanto que um campeonato considerado de grande importância aqui no Brasil, dura apenas três meses, como é possível? Um campeonato com 20 equipes, dura o ano inteiro no Japão, aqui no Brasil, mais especificadamente em São Paulo, querem fazer em três meses.

Esportes Mais: Já tem propostas para a continuação do ano ou está dando um tempo para voltar a trabalhar?

Cesaretti: Não estou dando um tempo não, estou aguardando que aconteça alguma coisa, preciso trabalhar e amo fazer o que faço, estou aberto para negociações, o mais rápido possível.

Matheus Possidonio

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