Casos de violência põem em xeque credibilidade da NFL

Com o crescente número de casos de violência, NFL se encontra numa situação bem complicada

A National Football League mais uma vez teve que se deparar com algo muito desagradável e que vem meio que manchando a reputação da liga. No caso, é o fato de lidar com casos de violência ocasionadas por seus jogadores. Na semana passada, a liga teve que lidar com mais um caso constrangedor, a de violência contra mulher, desta vez com o running back do Kansas City Chiefs, Kareem Hunt, sendo o responsável por tal ato repugnante.

O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo pelo site de celebridades TMZ, em que Hunt estava um hotel e após um bate boca com uma mulher, acabou por desferir golpes físicos na mesma e isso foi gravado tudo pelo sistema interno do hotel. O caso ocorreu em fevereiro desse ano, na cidade de Cleveland. A mulher não fez denúncia sobre a agressão que sofreu, e inevitavelmente o ato foi coberto por debaixo dos panos.

A violência doméstica na NFL é algo muito grave e que não vem sendo tratado de maneira punitiva e corretiva para com os jogadores que cometem essa atrocidade. Basta ver outros casos além de Hunt, em que a liga ou foi submissa ao caso, deu uma suspensão duvidosa ou só resolveu mexer os pauzinhos depois que os casos de violência são contextualizados pela grande mídia. Ou seja, o comissário da NFL, Roger Goodell, em várias oportunidades se mostrou incapaz de resolver de forma severa os jogadores que saem fora da linha.

 

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Kareem Hunt foi alvo até de brincadeiras de mau gosto, sendo chamado de melhor “kicker” da Liga. Foto:  David Eulitt/Getty Images

 

Apesar de tudo, Kareem Hunt é só mais um em meio a tantos casos

Além de Hunt, outros dois casos emblemáticos são do linebacker, Reuben Foster, e do quarterback, Jameis Winston. Ambos também foram pegos agredindo mulheres, porém receberam punições bem brandas, o que não deixa de dar uma brecha a outros jogadores de cometerem ocorrências lamentáveis como essa. E o pior de tudo isso é que as franquias também são coniventes com esses tipo de irracionalidade dos seus jogadores.

Basta ver Foster, após ser dispensado do San Francisco 49ers, o linerbacker logo arranjou nova casa, o Washington Redskins. Ou seja, não seria impossível que Hunt seja alvejado por propostas de equipes da NFL, uma vez que o running back já demostrou que tem muito talento, um que supostamente se interessou seria o Cleveland Browns. Ou seja, as franquias preferem o talento aguçado dos jogadores ao invés do exemplo de profissionalismo dos mesmos.

 

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Foster ainda não pode jogar, entretanto já está com time novamente. Foto: Marcio Jose

 

Foster e Hunt, só são mais dois de uma extensa lista. Adrian Peterson, Greg Hardy, Ezekiel Elliott, Jimmy Smith, são alguns dos jogadores que cometeram violência doméstica e que poderiam facilmente terem sido banidos da liga. Porém, seus talentos se sobrepõem ao seu caráter e profissionalismo para com seus torcedores, franquias e sociedade como um todo. E, na busca incessante por resultados, as franquias se submetem a terem jogadores problemáticos e fichados na justiça, ao invés de punirem de forma severa.

O futuro de Roger Goodell estaria ameaçado na NFL?

Muitos dizem que com o aparecimento de mais casos, Roger Goodell tem que sair do cargo, uma vez que se mostrou resiliente com esses atos tenebrosos. Mas não basta a troca de Goodell, creio que vai muito além disso. Tem que haver uma mudança de cultura dos donos de franquias que aceitam numa boa casos de violência de seus jogadores, dos próprios jogadores serem mais profissionais e terem uma educação adequada a fim de evitar fatos lamentáveis que vem se tornando algo muito comum na NFL e que acabam minando a credibilidade da liga, em saber lidar com os casos de violência com uma punição severa ao qual os jogadores deverão ser submetidos.

 

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Igor Castro

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