A Meritocracia do Futebol no Brasil

Os cartolas do futebol brasileiro estão preparados para a administração?

Quem administra o futebol no Brasil? Será que está preparado? Será que um dentista, um advogado, um ex-atleta, podem e conseguem gerir um clube de futebol centenário, com uma receita de milhões e milhões de reais?

Del Nero faz lobby com Renan Calheiros. (ambos ao centro)

Poucos países no mundo, têm uma identidade cultural tão ligada a um esporte. Futebol e Brasil, Brasil e futebol sempre foram sinônimos, ou eram até pouco tempo atrás. Gerações de cronistas, sociólogos e analistas de diversas origens sempre acreditaram que essa ”magia” nunca seria rompida, mas décadas de omissão do Estado, desmandos, roubalheiras, incompetência e descaso abriram fendas enormes na sólida alma boleira dos brasileiros. Neste momento, o futebol e o País se unem na desesperança, como se vivessem seu fracasso definitivo.

É só atentar para as situações atuais dos clubes, em a maioria se encontra em situação financeira crítica, em um ostracismo, FairPlay financeiro ou até mesmo a Lei das responsabilidades fiscais, podem salvar os clubes. A única solução seria pessoas com mérito, pessoas capacitadas, preparadas para administrar de forma eximia e competente, que chega ao topo por méritos próprios e que não cai de paraquedas em um cargo, para que alguém, de alguma forma, possa levar vantagem daquilo, sem amadorismo. Mas no nosso futebol são sempre os indicados, convenientes e apadrinhados que ocupam os cargos.

A CBF age como uma empresa privada, sem prestar conta, embora se beneficie da bandeira e do hino nacionais.

CBF/Divulgação

Sob o domínio da CBF e das federações estaduais, o futebol agoniza. A média de público no Campeonato Brasileiro chega a ser inferior àquela da liga dos Estados Unidos.

O desinteresse do torcedor é compreensível. Jogos medíocres, constantemente interrompidos por faltas e passes errados, compõem o cenário. Não bastasse a violência das torcidas organizadas, as partidas disputadas tarde da noite, para atender aos interesses da TV, dona dos direitos de transmissão, contribuem para afastar torcedores.

Fluminense mandou alguns jogos que tiveram a presença de menos de mil torcedores no estádio.

Temos que colocar as pessoas certas nos lugares certos, graduada nas suas funções, fazendo o que foram ensinados a fazer, de forma profissional e adequada.

Quando esse pensamento começar a ser cogitado, pensado e colocado em prática, estará aí, a inovação, a renovação e o recomeço dos clubes brasileiros.

 

 

Adryan Almeida

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